quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Teoria(modificada)

O amor algo tão importante nos poemas românticos, não era algo tão influente na escrita parnasiana.
Os poemas parnasianos tinham neles características diferentes dos poemas de outras gerações da literatura. Os parnasianos entediam que fazer poemas, não significava colocar no papel sentimentos, mas sim deviam escrever o que quisessem, pois fazer poemas para eles só significava uma forma de se distrair e de demonstrar suas idéias.
Apesar dessa característica que foi citada, alguns poemas parnasianistas, demonstravam raramente expressões relacionadas ao amor, mas estas tinham uma forma de demonstrar o amor, em uma forma mais sensual. Fugiam assim daquele amor espiritual expresso nos poemas de outros tipos existentes naquela época. Até mesmo a mulher, figura que foi idealizada em diversos momentos da história da literatura, no parnasianismo deixou de ser vista com um olhar de inocência e espiritualidade, e passou a ser vista de forma carnal, que descrevia todas suas formas bem concretizadas, pois era isso que importava o que era concreto e poderia se demonstrar, e não o que era abstrato, como a parte sentimental.
Percebe-se então, que os poemas parnasianos, quase que não se definiam em amor, mas na realidade o que é vista nos pensamentos parnasianistas, e que mesmo a definição de algo puro, podia ser mudado e demonstrado de forma menos romântica e mais idealizada.
O parnasianismo em todo em si era contrário aos Românticos, o emocionalismo foi substituído por racionalismo, se para os românticos a poesia era o resultado da inspiração pura e simples, os parnasianos considerava a poesia como um fruto do trabalho do poeta - um trabalho árduo, difícil, conhecimento técnico e a aplicação incansável.
O poema “Nel Mezzo Del Cammim”, de Olavo Bilac publicado no livro “Antologia de Antologias” que traz poesias de 101 poetas “revisitados” dos escritores Magaly Trindade Gonçalves,Zélia Thomaz de Aqueino e Zina Bellodi Silva, é um grande exemplo desse modo de escrita que citamos. Nele o personagem se refere a pessoa que ama de forma indireta em relação ao amor. Ele diz as sensações que tem quando se aproxima do amor da sua vida.
O poema "Poema de Sete Faces" de Carlos Drummond de Andrade, publicado no mesmo livro citado acima, que apresenta características românticas, é ao contrário.O personagem fala mais
do amor de forma espiritual e refere-se à pessoa amada como algo divino, que os anjos lhe mandaram e não de forma concreta.
Algumas pessoas montaram sites, para expor suas opiniões sobre o tipo dos poemas Parnasianos em relação ao amor e outras características contrárias a visão poética dos românticos. Temos alguns como exemplos:
No site http://www.alunosonline.com.br/ , referem-se a este assunto de maneira que, percebemos que para eles os poemas parnasianos tinham objetividade e impassibilidade absoluta diante do objeto da poesia, pois os poetas repudiavam a emotividade pregada pelos românticos. E mesmo se falassem de amor, os parnasianos tinham uma visão mais sensual,até a mulher já não era mais idealizada, e sim vista de forma palpável e concreta. Era descrita com minúncias, fazendo alusão à Vênus - deusa do amor na Mitologia Grega.
Em outro site, http://www.ibilce.unesp.br/, dizem que “os parnasianos tiveram uma visão mais sensual do amor, visão esta oposta a dos românticos que sempre tiveram em mente o amor espiritual e que a poesia amorosa do parnasianismo prezava a mulher concreta, palpável, aparecendo Vênus, a deusa do amor na mitologia como protótipo da figura feminina. Achamos que tais comentários merecem algumas considerações: dizer que os românticos sempre tiveram em mente o amor espiritual é uma informação bastante equivocada, basta lembrar a obra de Álvares de Azevedo, entre outros autores, para constatar que nem sempre o amor espiritual se faz tão presente na obra romântica. Além disso, a espiritualidade não exclui a sensualidade. Por fim, a própria colocação desta última característica é contraditória, pois se anteriormente afirmou-se que a poesia parnasiana retratou apenas incidentes históricos ou fenômenos naturais, faz-se estranho destacar o amor. Não que não exista tal característica no movimento, porém a maneira categórica como a primeira informação é trazida torna a segunda contraditória”.
Temos também o site http://www.crv.educacao.mg.gov.br/, que diz que os parnasianos tiveram uma postura anti-romântica “o Parnasianismo baseava-se na objetividade temática e no culto da forma. A objetividade temática surge como negação ao sentimentalismo romântico, numa tentativa de atingir a impassibilidade e a impessoalidade. Essa estética se opõe ao subjetivismo, daí resultar uma poesia carregada de descrições objetivas e impessoais”.
E para finalizar os exemplos temos o site www.faroldasletras.no.sapo.pt/parnasianismo que conclui que “O Parnasianismo surgiu e alastrou como reação contra o Romantismo, não só contra o Romantismo sentimentalista e egocêntrico, mas também contra o Romantismo humanitarista e apologético. E, quase pelas mesmas razões, afasta-se ainda do realismo poético. E que o Parnasianismo, ao contrário das escolas citadas a que se opõe, não é nem pretende ser uma arte útil, comprometida: antes propunha o ideal da “arte pela arte”, uma arte impassível, serena, plástica, mera reprodução da realidade em formas e cores, uma arte onde, mais ou menos claramente, se adivinha o primado do estilo.Do que fica dito, e resumindo, podemos descobrir no Parnasianismo estas duas características principais: objetividade, quanto aos temas e, expressão literária exata e correta, quanto à forma”.
Ao ver as opiniões sobre a teoria citada em todos estes sites, e com o que já tínhamos conhecimento, conclui-se que no parnasianismo, estavam presentes muitas características marcantes, mas que era real que o amor não era o ponto principal focado para a criação. E por isso podia ser considerado sim, diferente do romantismo e as outras fases, pois elas estão muito mais ligadas ao amor do que as outras características que os parnasianos encontraram para usar com pontos que foram focados em seus poemas.

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