domingo, 12 de dezembro de 2010

O Parnasianismo no Brasil

Segundo cereja e Magalhães,"Diferentemente do realismoe do Naturalismo ,que se voltavam para o exame e para a crítica da realidade,o Parnasianismo representou ,na poesia o retorno ao clássico ,com todos os seus ingredientes:o princípio do belo na arte ,a busca do equilíbrio e da perfeição formal.Na obra de Olavo Bilac,ainda ganhou traços de sensualidade e patriotismo".O ser humano esta sempre rompendo com o que considera "velho" e propondo algo novo.mas muitas vezes esse novo é algo mais velho ainda,só que revestido com palavras diferentes.exatamente isso aconteceu no Paransianismo.Esse movimento de inspiração clássica ganhou pouco destaque na Europa ,mas ficou muito conhecido no Brasil por volta de 1880.
a origem da palavra Parnasianismo associa-se ao parnaso grego.A escolha do nome é a comprova o interesse do Parnasianismo pela tradição clássica.Acreditava que os modelos clássicos os ajudariama combater o exagero da emoção e a fantasia do romantismo.As ideiasparnasianas já vinham sendo difundidas no Brasil desde 1970.
Olavo Bilac criou poesias identificadas com as propostas do Parnasianismo ,como comprova seu poema"profissão de fé".Mas a conepção poética ,excessivamente formalista,defendida por esse poema ,nem o própio Bilac seguiu a risca.
Outros poetas parnasianos importantes foram Raimundo Correa e Alberto de Oliveira.Eles juntamente com Olavo Bilac formam a chamada tríade parnasiana.
Raimundo Correa tinha suas poesias divididas em três fases:a fase romântica,a fase parnasiana e a fase pré -simbolista.
A fase romântica ,foi influenciada por Casimiro de Abreu e Fagundes Varela .Nessa fase as poesias tinham o amor idealizado com principal tema ,ele estava presente quase em todas elas.Um exemplo dessa característica é a poesia "Primeiros Sonhos "
A fase Parnasiana de Raimundo Correa é representada pelas obras:"sinfonias" e "Versos e Versões".É marcada pelo pessimismo. As poesias vinham de ideias de ordem moral e social.
Na fase pré-simbolista o pessimismo persistia diante da condição humana ereligião,e a linguagem apresenta muita musicalidade.
Assim podemos concluir que ,as poesias de Raimundo Correa ,por apresentarem caracteríaticas únicas e inovadoras ,fizeram com que o Parnasianismo se tornasse significativo na história da literatura.
Os poemas parnasianos tinham características diferentes dos poemas de outras gerações da literatura.Os parnasianos entendiam que fazer poemas não significava colocar no papel os sentimentos ,mas sim escreversobre o que quizessem ,pois fazer poemas para eles era uma forma de demonstrar suas ideias atravéz da arte.Apesar disso , alguns poemas parnasianos falvam do amor e de sensualidade.Fugiam assim daquele amor espiritual expresso nos poemas de outras épocas.Até mesmo a mulher figura que foi idealizada em outros momentos da história da literatura,no parnasianismo ,deixou de ser vista com um olhar de inocência e espiritualidade , e passou a ser vista de forma carnal,que descrevia todas as suas formas ,pois era isso que importava:o que era concreto e poderia ser demonstrado ao invés do que era abstrato,como os sentimentos.Percebe-se então ,que os poemas parnasianos quase não se definiam "em amor",mas na realidade que é vista ,e que mesmo a definição de algo puro, podia ser demonstrado de forma menos romântica e menos idealizada.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Teoria(modificada)

O amor algo tão importante nos poemas românticos, não era algo tão influente na escrita parnasiana.
Os poemas parnasianos tinham neles características diferentes dos poemas de outras gerações da literatura. Os parnasianos entediam que fazer poemas, não significava colocar no papel sentimentos, mas sim deviam escrever o que quisessem, pois fazer poemas para eles só significava uma forma de se distrair e de demonstrar suas idéias.
Apesar dessa característica que foi citada, alguns poemas parnasianistas, demonstravam raramente expressões relacionadas ao amor, mas estas tinham uma forma de demonstrar o amor, em uma forma mais sensual. Fugiam assim daquele amor espiritual expresso nos poemas de outros tipos existentes naquela época. Até mesmo a mulher, figura que foi idealizada em diversos momentos da história da literatura, no parnasianismo deixou de ser vista com um olhar de inocência e espiritualidade, e passou a ser vista de forma carnal, que descrevia todas suas formas bem concretizadas, pois era isso que importava o que era concreto e poderia se demonstrar, e não o que era abstrato, como a parte sentimental.
Percebe-se então, que os poemas parnasianos, quase que não se definiam em amor, mas na realidade o que é vista nos pensamentos parnasianistas, e que mesmo a definição de algo puro, podia ser mudado e demonstrado de forma menos romântica e mais idealizada.
O parnasianismo em todo em si era contrário aos Românticos, o emocionalismo foi substituído por racionalismo, se para os românticos a poesia era o resultado da inspiração pura e simples, os parnasianos considerava a poesia como um fruto do trabalho do poeta - um trabalho árduo, difícil, conhecimento técnico e a aplicação incansável.
O poema “Nel Mezzo Del Cammim”, de Olavo Bilac publicado no livro “Antologia de Antologias” que traz poesias de 101 poetas “revisitados” dos escritores Magaly Trindade Gonçalves,Zélia Thomaz de Aqueino e Zina Bellodi Silva, é um grande exemplo desse modo de escrita que citamos. Nele o personagem se refere a pessoa que ama de forma indireta em relação ao amor. Ele diz as sensações que tem quando se aproxima do amor da sua vida.
O poema "Poema de Sete Faces" de Carlos Drummond de Andrade, publicado no mesmo livro citado acima, que apresenta características românticas, é ao contrário.O personagem fala mais
do amor de forma espiritual e refere-se à pessoa amada como algo divino, que os anjos lhe mandaram e não de forma concreta.
Algumas pessoas montaram sites, para expor suas opiniões sobre o tipo dos poemas Parnasianos em relação ao amor e outras características contrárias a visão poética dos românticos. Temos alguns como exemplos:
No site http://www.alunosonline.com.br/ , referem-se a este assunto de maneira que, percebemos que para eles os poemas parnasianos tinham objetividade e impassibilidade absoluta diante do objeto da poesia, pois os poetas repudiavam a emotividade pregada pelos românticos. E mesmo se falassem de amor, os parnasianos tinham uma visão mais sensual,até a mulher já não era mais idealizada, e sim vista de forma palpável e concreta. Era descrita com minúncias, fazendo alusão à Vênus - deusa do amor na Mitologia Grega.
Em outro site, http://www.ibilce.unesp.br/, dizem que “os parnasianos tiveram uma visão mais sensual do amor, visão esta oposta a dos românticos que sempre tiveram em mente o amor espiritual e que a poesia amorosa do parnasianismo prezava a mulher concreta, palpável, aparecendo Vênus, a deusa do amor na mitologia como protótipo da figura feminina. Achamos que tais comentários merecem algumas considerações: dizer que os românticos sempre tiveram em mente o amor espiritual é uma informação bastante equivocada, basta lembrar a obra de Álvares de Azevedo, entre outros autores, para constatar que nem sempre o amor espiritual se faz tão presente na obra romântica. Além disso, a espiritualidade não exclui a sensualidade. Por fim, a própria colocação desta última característica é contraditória, pois se anteriormente afirmou-se que a poesia parnasiana retratou apenas incidentes históricos ou fenômenos naturais, faz-se estranho destacar o amor. Não que não exista tal característica no movimento, porém a maneira categórica como a primeira informação é trazida torna a segunda contraditória”.
Temos também o site http://www.crv.educacao.mg.gov.br/, que diz que os parnasianos tiveram uma postura anti-romântica “o Parnasianismo baseava-se na objetividade temática e no culto da forma. A objetividade temática surge como negação ao sentimentalismo romântico, numa tentativa de atingir a impassibilidade e a impessoalidade. Essa estética se opõe ao subjetivismo, daí resultar uma poesia carregada de descrições objetivas e impessoais”.
E para finalizar os exemplos temos o site www.faroldasletras.no.sapo.pt/parnasianismo que conclui que “O Parnasianismo surgiu e alastrou como reação contra o Romantismo, não só contra o Romantismo sentimentalista e egocêntrico, mas também contra o Romantismo humanitarista e apologético. E, quase pelas mesmas razões, afasta-se ainda do realismo poético. E que o Parnasianismo, ao contrário das escolas citadas a que se opõe, não é nem pretende ser uma arte útil, comprometida: antes propunha o ideal da “arte pela arte”, uma arte impassível, serena, plástica, mera reprodução da realidade em formas e cores, uma arte onde, mais ou menos claramente, se adivinha o primado do estilo.Do que fica dito, e resumindo, podemos descobrir no Parnasianismo estas duas características principais: objetividade, quanto aos temas e, expressão literária exata e correta, quanto à forma”.
Ao ver as opiniões sobre a teoria citada em todos estes sites, e com o que já tínhamos conhecimento, conclui-se que no parnasianismo, estavam presentes muitas características marcantes, mas que era real que o amor não era o ponto principal focado para a criação. E por isso podia ser considerado sim, diferente do romantismo e as outras fases, pois elas estão muito mais ligadas ao amor do que as outras características que os parnasianos encontraram para usar com pontos que foram focados em seus poemas.

sábado, 20 de novembro de 2010

O que foi o Parnasianismo?

De modo resumido,o Parnasianismo,foi uma fase na literatura surgida,no fim do século XIX e que se manteve até o início do século XX.Mas na realidade existem muitas outras coisas para se falar dessa fase,como suas características principais ,autores que aderiram ao parnasianismo entre outras coisas.

A poesia parnasiana revelava gosto da descrição nítida, metrificação tradicional, preocupação formal e um ideal de impessoalidade ,postura anti-romântica,objetividade temática,arte pela arte, descrições objetivas da natureza e de objetos, retomada da Antiguidade Clássica com seu racionalismo e formas perfeitas.Uma outra grande característica era a preocupação exagerada com o poema, tratando-o como produto concreto, final, acabado em que se deposita toda a importância; o afã na construção do objeto, deixando de lado o conteúdo, o sentimento poético, tudo isso parece um reflexo do processo de produção mecânica acelerada em que a época vivia, transformando até o próprio homem em mais um objeto de consumo.Até mesmo o amor era diferente,era descrito de formas sensual,deixando de lado a espiritualidade e a delicadeza das outras fases da literatura.alguns poetas que criaram poesias com estas características foram:"Raimundo Correia,Olavo Bilac e Alberto de Oliveira,eles também criaram crônicas e sonetos ligadas ao parnasianismo.

Podemos então perceber que o Parnasianismo não foi apenas um período da história da literatura,mas sim um período em trouxeram algo novo,novas características e novas formas de criar poemas sem que só estivessem o foco do amor que era tão comum antes dessa fase.Tornando assim ele tão interessante.

Parnasianismo

O Parnasianismo,foi uma época muito importante e interessante na história da literatura.Suas características diferenciadas das outras fases literárias,demonstraram uma grande mudança do estilo poético.A característica mais marcante foi a forma de escrever dos poetas,pois nesta fase para se escrever poesias eles deveriam escrever o que sentiam naquele momento,e não coisas referindo as formas espirituais e românticas como escreviam no romantismo.

Mesmo que o amor não fosse o foco principal dos poetas,não queria dizer que seus poemas não fossem relacionados a ele,como em outras fases,em seus poemas havia sim a presença dele,mais de uma forma menos singela e espiritual,e bem mais sensual e carnal.Em seus poemas havia o desejo a emoção que sentiam pela pessoa amada e que descreviam como se fosse concreto e pudesse ser descrito em menuncias.Alguns poetas adotaram esse estilo e se tornaram importantes representantes do parnasianismo,entre eles estão Olavo Bilac,Raimundo Correia e Alberto de Oliveira,que foram nomeados como a triáde parnasiana.Estes poetas tão importantes,criaram poemas muito conhecidos,temos como exemplo:”Vaso Grego”de Alberto de Oliveira,”Mal Secreto”de Raimundo Correia e “No meio do Caminho” de Olavo Bilac.

Podemos perceber que ,mesmo o parnasianismo sendo diferenciado das outras fases e sendo voltado a outros acontecimentos e até mesmo aos mesmos usados em outras etapas,mais com um estilo diferente,fez muito sucesso pois para todos parecia algo novo e inovador,como se não tivesse nenhuma parecência com estilos passados.Assim o parnasianismo como as outras fases,mesmo parecendo diferentes mas no fundo sendo parecidas,marcou presença na vida de várias pessoas ligadas a poesia,fazendo assim parte da história literária .



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Parnasianismo

O parnasianismo teve muitos poetas, estes influenciaram na história das poesias parnasianas.Um grande poeta que serve de exemplo nessas influências foi Raimundo Correia,que como características tinha suas poesias divididas em três fases, a fase romântica, a fase parnasiana e a fase pré-simbolista.
A fase romântica, foi influenciada não só por Raimundo Correia, mas também por Casimiro de Abreu e Fagundes Varela. Nessa fase as poesias tinham o amor como algo muito importante e ele estava presente quase em todas elas.Um exemplo dessa característica é a poesia "Primeiros Sonhos".
A fase parnasiana é representada pelas obras:"Sinfonias" e "Versos e versões".É marcada pelo pessimismo.As poesias vinham de ideias de ordem moral e social.
Na fase pré-simbolista o pessimismo persistia diante da condição humana e na religião, e já a linguagem apresenta uma musicalidade.
Assim podemos concluir que no parnasianismo, as poesias de Raimundo Correia, por apresentarem características únicas e inovadoras, que fizeram com que o parnasianismo se tornasse mais importante, e influenciou também para que o mesmo marcasse esta fase da literatura.

Teoria

O amor algo tão importante nos poemas românticos, não era algo tão influente na escrita parnasiana.

Algumas pessoas montaram sites, para expor sobre este assunto.Temos alguns como exemplos:

No site www.alunosonline.com.br , referem-se a este assunto de maneira que, percebemos que para eles os poemas parnasianos tinham objetividade e impassibilidade absoluta diante do objeto da poesia, pois os poetas repudiavam a emotividade pregada pelos românticos.E mesmo se falassem de amor, os parnasianos tinham uma visão mais sensual,até a mulher já não era mais idealizada, e sim vista de forma palpável e concreta. Era descrita com minúncias, fazendo alusão à Vênus - deusa do amor na Mitologia Grega.

Em outro site, www.ibilce.unesp.br, dizem que “os parnasianos tiveram uma visão mais sensual do amor, visão esta oposta a dos românticos que sempre tiveram em mente o amor espiritual e que a poesia amorosa do parnasianismo prezava a mulher concreta, palpável, aparecendo Vênus, a deusa do amor na mitologia como protótipo da figura feminina. Achamos que tais comentários merecem algumas considerações: dizer que os românticos sempre tiveram em mente o amor espiritual é uma informação bastante equivocada, basta lembrar a obra de Álvares de Azevedo, entre outros autores, para constatar que nem sempre o amor espiritual se faz tão presente na obra romântica. Além disso, a espiritualidade não exclui a sensualidade. Por fim, a própria colocação desta última característica é contraditória, pois se anteriormente afirmou-se que a poesia parnasiana retratou apenas incidentes históricos ou fenômenos naturais, faz-se estranho destacar o amor. Não que não exista tal característica no movimento, porém a maneira categórica como a primeira informação é trazida torna a segunda contraditória”.

Temos também o site www.crv.educacao.mg.gov.br, que diz que os parnasianos tiveram uma postura anti-romântica “o Parnasianismo baseava-se na objetividade temática e no culto da forma. A objetividade temática surge como negação ao sentimentalismo romântico, numa tentativa de atingir a impassibilidade e a impessoalidade. Essa estética se opõe ao subjetivismo, daí resultar uma poesia carregada de descrições objetivas e impessoais”.

E para finalizar os exemplos temos o site www.faroldasletras.no.sapo.pt/parnasianismo que conclui que “O Parnasianismo surgiu e alastrou como reação contra o Romantismo, não só contra o Romantismo sentimentalista e egocêntrico mas também contra o Romantismo humanitarista e apologético. E, quase pelas mesmas razões, afasta-se ainda do realismo poético. E que o Parnasianismo, ao contrário das escolas citadas a que se opõe, não é nem pretende ser uma arte útil, comprometida: antes propunha o ideal da “arte pela arte”, uma arte impassível, serena, plástica, mera reprodução da realidade em formas e cores, uma arte onde, mais ou menos claramente, se adivinha o primado do estilo.Do que fica dito, e resumindo, podemos descobrir no Parnasianismo estas duas características principais: objetividade, quanto aos temas e, expressão literária exata e correta, quanto à forma”.

Ao ver as opiniões sobre a teoria citada em todos estes sites, conclui-se que no parnasianismo, estavam presentes muitas características marcantes, mas que era real que o amor não era o ponto principal focado para a criação.

O amor expresso nos poemas Parnasianos

Os poemas parnasianos,tinham neles características diferentes dos poemas de outras gerações da literatura.Os parnasianos entediam que fazer poemas, não significava colocar no papel sentimentos, mas sim deviam escrever o que quisessem, pois fazer poemas para eles só significava uma forma de se distrair e de demonstrar suas idéias .

Apesar dessa característica que foi citada, alguns poemas parnasianistas, demonstravam raramente expressões relacionadas ao amor, mas estas tinham uma forma de demonstrar o amor,em uma forma mais sensual. Fugiam assim daquele amor espiritual expresso nos poemas de outros tipos existentes naquela época. Até mesmo a mulher, figura que foi idealizada em diversos momentos da história da literatura, no parnasianismo deixou de ser vista com um olhar de inocência e espiritualidade, e passou a ser vista de forma carnal, que descrevia todas suas formas bem concretizadas,pois era isso que importava, o que era concreto e poderia se demonstrar,e não o que era abstrato, como a parte sentimental.

Percebe-se então, que os poemas parnasianos, quase que não se definiam em amor, mas na realidade o que é vista nos pensamentos parnasianistas, e que mesmo a definição de algo puro, podia ser mudado e demonstrado de forma menos romântica e mais idealizada.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Critica literária do site Panorama da Literatura Brasileira

O site é ótimo para o conhecimento de pessoas que estão começando a estudar sobre a literatura brasileira, porque é bem complementado e além de nos informar sobre a literatura brasileira também tem a biografia dos principais autores, seus principais livros

Apesar de os textos serem bem complementados o design do site não é muito atrativo e nem chamativo.

O que mais excede no site é a ampla diversidade de assuntos variados dentro da literatura, alem de conter vários links de sites do mesmo assunto.

Sim gostamos. Como já falamos que o design não é muito atrativo colocaríamos um design que prende a atenção do leitor e desperta curiosidade de navegar cada vez mais no site.

Aqui estão alguns sites que podem ajudar na pesquisa sobre o parnasianismo:

http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/parnasianismo.htm

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/parnasianismo/parnasianismo.php

http://www.infoescola.com/literatura/parnasianismo/

http://www.graudez.com.br/literatura/parnasianismo.html

http://www.profabeatriz.hpg.ig.com.br/literatura/parnasianismo.htm

Por: Matheus de Lima nº 30 e Letícia Lima nº 21

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Lapidação das palavras

Presente o descritivismo

Arte pela Arte

É o ideal do Parnasianismo

Métricas são perfeitas

Formalismo da poesia

Preferência pelos sonetos

Volta da mitologia

É uma poesia plástica

Palavra é a matéria prima

Imagens com muitas cores

Ricas são as suas rimas

Olavo Bilac é um príncipe

Um ourives da palavra

Além do amor sensual

Patriotismo exaltava

Na Profissão de Fé

Criou manifesto parnasiano

Não quis saber dos problemas

Considerados urbanos

Na tríade parnasiana

Temos Raimundo Correia

Além de Olavo Bilac

E Alberto de Oliveira

Alberto de Oliveira é ortodoxo

Preso ao rigor formal

Correia aproxima-se do Romantismo

Com a mulher ideal.



Pegamos esta lapidação de palavras para intertextualizar, sobre o Olavo Bilac , (principal poeta do parnasianismo brasileiro) e Raimundo Correia.


Fonte:http://www.micropic.com.br/noronha/cant10.htm

Característica do Parnasianismo

Características do Parnasianismo

Como eram ao contrárioos Românticos , o emocionalismo foi substituído por racionalismo , se para os românticos a poesia era o resultado da inspiração pura e simples , os parnasianos considerava a poesia como um fruto do trabalho do poeta - um trabalho árduo , difícil , conhecimento técnico e a aplicação incansável .O trabalho do artesão das palavras era comparado ao do artífice de uma jóia : perseverança , delicadeza e dedicação para lidar com um material delicado e frágil , isso resumia-se na imagem do "poeta joalheiro "Para os parnasianismos , a poesia seria perfeita desde que sua forma atendesse a alguns requisitos :O vocabulário era refinado , erudito , dicionaresco . o uso de palavras difíceis , tornava-se a poesia uma atividade da elite . A sintaxe poética deveria também obedecer às regras gramaticais , não apenas para demonstrar conhecimento técnico, mas também para adequar-se a normas consagradas de escrita .Ponto de honra da poesia parnasiana era a utilização de rimas . Eles preferiam as rimas raras , isto é , aquelas mais difíceis de serem encontradas , por vezes surpreendentes . Evidentemente , a métrica também seria um aspecto importante dentro do formalismo parnasianismo . Os versos de dez ( decassílabo ) e doze ( alexandrinos ) sílabas , consideradas clássicos , eram utilizados com freqüência , principalmente em uma forma poética igualmente clássica : o soneto . O Parnasianismo representou um retorno à Era Clássica . Valores como a Razão , o Belo Absoluto , o Antropocentrismo , o Universalismo são novamente perseguidos , como partes constituintes da arte literária de todos os tempos . Os temas igualmente se voltam para imagens arrancadas da cultura e da história greco-latinas . Os títulos de alguns poemas são significativos , nesse sentido : "A sesta de Nero ", "O sonho de Marco Antônio", "O vaso grego". O exotismo e o orientalismo são dois aspectos fundamentais . A tendência à tematização de objetos antigos , como vasos , estátuas e quadros , bem como o apelo visual que esse tipo de tema implicava , permitem uma aproximação do Parnasianismo com as Artes Plásticas ( pintura , escultura, arquitetura , etc. ) . O Parnasianismo produziu uma poesia voltada para a forma dos objetos e dos lugares . Abandonando uma visão mais interiorizada , acabou por realizar uma poesia marcadamente descritiva . Através da descrição , buscava fornecer do objeto focalizado uma imagem exata e precisa . O Parnasianismo combate a subjetividade típica do Romantismo, em nome de uma objetividade que fornecesse do mundo uma representação desprovida de qualquer contaminação lacrimejante ou sentimental . A necessidade de uma visão objetiva fazia com que o poeta preferisse uma posição de impassibilidade diante do assunto tratado . A intenção era realizar uma poesia mais cerebral e menos sentimental . O Parnasianismo e o Realismo foram contemporâneas , apresentam comuns ( anti-romântico , racionalismo , formalismo , impassibilidade ) , distanciam-se em um ponto fundamental : O Realismo propõe a tematização da sociedade dos problemas mundanos . Se a vertente naturalista do Realismo , por exemplo , caracterizou-se pela pintura de quadros da vida cotidiana dos pobres e miseráveis , a poesia parnasiana jamais de dedicaria como manifestação artística capaz de manter-se fora do contágio de marcas sociais . Assim sendo , não se pode confundir Parnasianismo com Realismo !


Letra da música : Parnasiano
Parnasiano coração insano Anos e anos contente Agora não passa de um coração doente  Só que daqui pra frente É ver como ele se sente Quando de repente No meio de toda gente  Surgir uma nova emoção Uma nova tentação ao coração E fazer ele perder a razão Ouvir uma nova canção  E perceber Que há dias em que para Que aqui no peito cala Mas há dias em que dispara Acelerado, numa felicidade rara

Letra da música :À Parnasiana És inimiga da poesia
E não te quero perto de mim
E não te quero no prato do almoço
Nem na porta do camarim

Não te quero nos meus escritos
Que me fazem ser assim
Intrometida, ignorante
Faz-se como um querubim

Parnasiana de corpo e alma
Viola-me dizendo “sim!”
E se pede minha caneta
Tu escreverias “fim!”


Ode e admiração Música : Três apitos(1933)

Composição: Noel Rosa

Interpretação: Tom Jobim



Quando o apito da fábrica de tecidos
Vem ferir os meus ouvidos
Eu me lembro de você
Mas você anda
Sem dúvida bem zangada
E está interessada
Em fingir que não me vê
Você que atende ao apito de uma chaminé de barro
Porque não atende ao grito
Tão aflito
Da buzina do meu carro
Você no inverno
Sem meias vai pro trabalho
Não faz fé no agasalho
Nem no frio você crê
Mas você é mesmo artigo que não se imita
Quando a fábrica apita
Faz reclame de você
Nos meus olhos você lê
Que eu sofro cruelmente
Com ciúmes do gerente
Impertinente
Que dá ordens a você
Sou do sereno poeta muito soturno
Vou virar guarda-noturno
E você sabe porque
Mas você não sabe
É que enquanto você faz pano
Faço junto do piano
Estes versos pra você Quando o apito da fábrica de tecidos
Vem ferir os meus ouvidos
Eu me lembro de vocêlembro de você
de vocêvocê
você


A musica acima , retrata bem como era o parnasianismo , sua letra tem muitos detalhes do lugar onde estão , e isso é uma característica dos poemas do parnasianismo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

-O Xangô de Baker Street-

O Xangô de Baker Street é um romance cômico-policial(Lembrando, romance literário nada mais é que um conto dividido em capítulos) do escritor e apresentador José Eugênio Soares mais conhecido como Jô Soares, no livro ele narra acontecimentos misteriosos como o assassinato de algunas mulheres com os mesmos requintes de crueldade.A narrativa conta com diversos personagens reais como D. Pedro II, Olavo Bilac, Álvares de Azevedo etc. e também conta com personagens fictícios como Sherlock Holmes e seu médico e fiel escudeiro Dr. Watson.O livro é recheado de aventuras, suspense investigações e um pouco de comédia.As deduções incrivelmente equivocadas de Sherlock Holmes a respeito de certos acontecimentos, nos fazem pensar"De onde ele tirou isso",além disso o conto possui várias expressões em Inglês e Francês, e é escrito numa linguagem formal que possui expressões criadas pelo próprio autor do livro...

Analise

Fatos do enredo: O enredo gira em torno de alguns crimes que tem uma ligação que passa despercebida durante muito tempo pelos personagens do livro.

Características dos personagens principais

Sherlock Holmes: investigador inteligente(Apesar das deduções em algumas situações no livro),astuto e corajoso.
Dr. Watson: Típico europeu que não se acostuma com nenhum dos costumes brasileiros e rejeita principalmente as comidas dos trópicos.
D.Pedro II: Imperador muito culto, inteligente e "hospitaleiro".
Malta: Bem, não era um único personagem mas sim filhos de fazendeiros e muitos escritores da nossa literatura que apresentavam características muito parecidas( por isso coloquei todos juntos).
Serial killer: Ou na boa pronuncia de alguns personagens do livro, sirialquiler; louco, cruel e "pertubado".
Tempo: A narrativa se passa na época do império de D.Pedro II por volta de 1886.

Meios de expressão: o texto é um romance cômico-policial escrito na linguagem padrão da língua brasileira, além de apresentar várias expressões em inglês e francês.


Por: Thomaz Magalhães Duarte.

terça-feira, 9 de novembro de 2010



Gustave Coubert






Gustave Courbet nasceu em Ornans no dia 10 de Junho de 1819 e morreu em La-Tour-de-Peilz no dia de Dezembro de 1877. Foi um pintor anarquista francês pertencente à escola realista. Foi acima de tudo um pintor de paisagens campestres e marítimas onde o romantismo e idealização da altura são substituídos por uma representação da realidade fruto de observação direta. Esta busca da verdade é transposta para a tela em pinceladas espontaneas que não deixam de lado os aspectos menos estéticos do que é observado.
Courbet nasceu numa família de proprietários de terra de Besançon, na França. Depois de freqüentar um colégio na mesma cidade, começou a ter aulas de pintura e iniciou seus estudos de direito em Paris. Finalmente decidiu estudar desenho e pintura por iniciativa própria, copiando os grandes mestres no Louvre, principalmente Hals e Velázquez. Suas primeiras obras foram uma série de auto-retratos.



Auto-Retrato com Cão
O Fumador de Cachimbo



A obra "O Homem desesperado" é um auto-retrato, pois ele se desesperava facilmente.



O Homem Desesperado



Em 1844 expôs pela primeira vez no Salão de Paris e dois anos mais tarde apresentou os quadros



Enterro em Ornans


e


O Ateliê do Artista



que lhe custaram críticas severas e a recusa do Salão de Paris devido aos seus temas demasiadamente prosaicos. Courbet não se deu por vencido e construiu um pavilhão perto do Salão, onde expôs quarenta e quatro de suas obras, que chamou de realista, fundando assim esse movimento. Courbet se manteve, nesta etapa realista, muito longe do colorismo romântico, aproximando-se, em compensação, do realismo tenebroso espanhol do barroco, com uma profusão de pretos, ocres e marrons, banhados por uma pátina cinza. Comprova-se isto no seu quadro mais importante, O Ateliê do Artista (1855), em que manifestou sua desaprovação em relação à sociedade.
O público não viu com satisfação essa nova estética das classes trabalhadoras. Courbet, enquanto isso, se reunia para compartilhar opiniões com seus amigos, entre eles o pintor e notável teórico anarquista Proudhon, o escritor Baudelaire e o irônico caricaturista Daumier.



Proudhon - Baudelaire - Daumier



Já se discutiu muito sobre os motivos que teriam levado Courbet a escolher os trabalhadores como tema. De fato, os homens de seus quadros não expressam nenhuma emoção e mais parecem parte de uma paisagem do que seus personagens.
Como por exemplo:



Os Quebradores de Pedra
Mulheres Peneirando Trigo
O descanso durante a época de colheita
The Trelling
Portrait of P.J. Proudhon



Por volta de 1850, o realismo de Courbet foi se apagando e deu lugar a uma pintura de formas voluptuosas e conteúdo erótico, de figuras femininas no estilo de Ingres, mas mais descarnadas.



As dorminhocas
A Mulher Nua deitada



Estávamos em 1866 e Courbet era já um pintor conhecido em França pela sua destreza técnica mas sobretudo pela sua atitude crítica e corrosiva em relação à sociedade e moral burguesas, que não perdia ocasião de afrontar. Courbet era um socialista convicto, arrogante e autoconfiante, é preciso dizer. No entanto talvez isso não baste para justificar a obra que realizou nesse ano e que havia de o celebrizar mais do que todas as outras. Ao representar frontalmente as coxas e o sexo de uma mulher, A Origem do Mundo abalou profundamente o meio artístico da época.



A Origem do Mundo



A elas seguiu-se uma série de naturezas-mortas, quadros de caça



O Encontro

A raposa na neve
Sitzender Hund aut Kissen



e paisagens marinhas




The Clifes of Entretat After the Storm
Meeresküste in der Normandie
The Woman in a Podoscaphe



que confirmaram sua capacidade criativa e técnica impecável. Por volta de 1870, Courbet foi acusado de ter destruído a "Coluna de Vendôme"
o que levou o pintor a se mudar para Viena. Em Paris, suas obras foram rejeitadas, e o ateliê do artista foi leiloado para pagar a restauração da coluna.



Várias de suas Obras





Maria Clara nº 28
André nº 43
Luiz Henrique nº 25

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Simbolismo no Brasil


Na Europa o Simbolismo se sobrepôs ao Parnasianismo. No Brasil foi o contrário, o movimento simbolista foi quase inteiramente afastado pelo movimento parasiano, que teve muito prestígio entres as pessoas cultas da sociedade, até o começo do século XX. O Simbolismo deixou muitas contribuições, preparando terreno para as inúmeras mudanças que iria acontecer no século XX, no domínio da poesia.
O marco introdutório do movimento simbolista brasileiro foi a publicação, em 1893, das obras Missal (prosa) e Broquéis (poesia), de nosso maior autor simbolista Cruz e Sousa.
Além de Cruz e Sousa, destacam-se entre outros, Alphonsus de Guimaraens e Pedro Kilkerry.




Cruz e Sousa

João da Cruz e Sousa, considerado o mestre do simbolismo brasileiro, nasceu em Desterro, hoje cidade de Florianópolis - SC, no dia 24 de novembro de 1861. Desde pequenino foi protegido pelo Marechal Guilherme Xavier de Sousa e sua esposa, que o acolheram como o filho que não conseguiram ter. O referido marechal havia alforriado os pais do escritor, negros escravos. Educado na melhor escola secundária da região, teve que abandonar os estudos e ir trabalhar, face ao falecimento de seus protetores. Vítima de perseguições raciais, foi duramente discriminado, inclusive quando foi proibido de assumir o cargo de promotor público em Laguna - SC. Em 1890 transferiu-se para o Rio de Janeiro, ocasião em que entrou em contato com a poesia simbolista francesa e seus admiradores cariocas. Vivia de suas colaborações em jornais e, mesmo já bastante conhecido após a publicação de "Missal" e "Broquéis" (1893), só conseguiu se empregar na Estrada de Ferro Central do Brasil, no cargo de praticante de arquivista. Casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, em 09 de novembro de 1893. O poeta contraiu tuberculose e mudou-se para a cidade de Sítio - MG, a procura de bom clima para se tratar. Faleceu em 19 de março de 1898, aos 36 anos de idade, vítima da tuberculose, da pobreza e, principalmente, do racismo e da incompreensão. Sua obra só foi reconhecida anos depois de sua partida. Gavita, que ficou viúva, grávida, e com três filhos para criar. Após o a morte do escritor perdeu dois filhos, vitimados também pela tuberculose. Com problemas mentais, passou vários períodos em hospitais psiquiátricos, vindo a falecer. O terceiro filho, com a mesma doença, faleceu logo em seguida. O único filho que sobreviveu, que tinha o nome do pai, também faleceu vitima dessa doença aos dezessete anos de idade.
As caractéristicas mais importantes da poesia de Cruz e Sousa são:
No plano temático: a morte, a transcendêcia espiritual, a integração cósmica, o mistério, o sagrado, o conflito entre matéria e espírito, a angústia e a sublimação sexual, a escravidão e uma verdadeira obsessão por brilhos e pela cor branca;
No plano formal: as sinestesias, as imagens surpreendentes, a sonoridade das palavras, a predominância de substantivos e o emprego de maiúsculas, utilizadas com a finalidade de dar um valor absoluto a certos termos.



ANTÍFONA

Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras

Formas do Amor, constelarmante puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas ...

Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...

Visões, salmos e cânticos serenos,
Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
Dormências de volúpicos venenos
Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...

Infinitos espíritos dispersos,
Inefáveis, edênicos, aéreos,
Fecundai o Mistério destes versos
Com a chama ideal de todos os mistérios.

Do Sonho as mais azuis diafaneidades
Que fuljam, que na Estrofe se levantem
E as emoções, todas as castidades
Da alma do Verso, pelos versos cantem.

Que o pólen de ouro dos mais finos astros
Fecunde e inflame a rima clara e ardente...
Que brilhe a correção dos alabastros
Sonoramente, luminosamente.

Forças originais, essência, graça
De carnes de mulher, delicadezas...
Todo esse eflúvio que por ondas passa
Do Éter nas róseas e áureas correntezas...

Cristais diluídos de clarões alacres,
Desejos, vibrações, ânsias, alentos
Fulvas vitórias, triunfamentos acres,
Os mais estranhos estremecimentos...

Flores negras do tédio e flores vagas
De amores vãos, tantálicos, doentios...
Fundas vermelhidões de velhas chagas
Em sangue, abertas, escorrendo em rios...

Tudo! vivo e nervoso e quente e forte,
Nos turbilhões quiméricos do Sonho,
Passe, cantando, ante o perfil medonho
E o tropel cabalístico da Morte...




Alphonsus de Guimaraens


Representante do simbolismo no Brasil, Afonso Henrique da Costa Guimarães nasceu em Ouro Preto, MG em 1870 e morreu em Mariana, MG, em 1921. Numa época determinada filosoficamente pelo Positivismo, cuja expressão literária se manifestou no Parnasianismo e em movimentos afins, emerge a reviravolta simbolista, com uma força de transformação que, privilegiando as inquietações recalcadas pela corrente filosófica mencionada, mudará os rumos de toda poesia moderna: daí, a eclosão do inconsciente, do mistério, da transcendência e de uma escrita calcada mais na sugestão do que na afirmativa. Como um dos dois principais destaques do movimento (ao lado apenas de Cruz e Sousa), surge um dos poetas de maior harmonia e coesão qualitativa, conhecedor como poucos da língua portuguesa. Ele cria a peculiaridade de um estilo até então inexistente no país: um simbolismo de forte inclinação católica. Com versos de acentuada musicalidade, Alphonsus de Guimaraens se torna, assim, um dos mais importantes poetas místicos da língua portuguesa. Espiritualmente diverso de Cruz e Sousa, o poeta mineiro da cidade de Mariana elabora uma poesia serena, equilibrada e de uma religiosa aceitação dos reveses da vida.



ISMÁLIA

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...



A CABEÇA DE CORVO

Na mesa, quando em meio à noite lenta
Escrevo antes que o sono me adormeça,
Tenho o negro tinteiro que a cabeça
De um corvo representa.
A contemplá-lo mudamente fico
E numa dor atroz mais me concentro:
E entreabrindo-lhe o grande e fino bico,
Meto-lhe a pena pela goela a dentro.
E solitariamente, pouco a pouco,
Do bojo tiro a pena, rasa em tinta...
E a minha mão, que treme toda, pinta
Versos próprios de um louco.
E o aberto olhar vidrado da funesta
Ave que representa o meu tinteiro,
Vai-me seguindo a mão, que corre lesta.
Toda a tremer pelo papel inteiro.
Dizem-me todos que atirar eu devo
Trevas em fora este agoirento corvo,
Pois dele sangra o desespero torvo
Destes versos que escrevo.
O Parnasianismo no Brasil

A arte e a literatura são construídas em ciclos e as vezes o que se da por novo e simplesmente algo velho com uma linguagem diferente.
É o caso do Parnasianismo movimento de inspiração clássica que teve muita percussão no Brasil a partir da década de 1880. Depois da revolução romântica, formou-se no Brasil um grupo de poetas que desejavam retornar com a poesia clássica, desprezada pelos românticos. Uma poesia objetiva, de elevado nível vocabular, racionalista, bem-acabada do ponto de vista formal e voltada para temas universais.
De origem Grega a palavra Parnasianismo, que associasse segundo a lenda um monte consagrado a Apolo e suas musas. O próprio nome já comprovava o interesse pela tradição clássica. Acreditavam que estavam combatendo o exageros de emoção e fantasias do romantismo e garantindo o equilíbrio que desejavam.
Contudo, na poesia parnasiana não havia somente personagens da mitologia e de equilíbrio formal. Pode-se afirmar que todo o conteúdo clássico era apenas um verniz para garantir que as camadas letradas do publico consumidor gostasse do produto.
A batalha do parnaso
No final da década de 1870 travou-se uma guerra no jornal Diário do Rio de Janeiro uma briga, de um lado, os adeptos ao Romantismo e, de outro, os adeptos do Realismo e do Parnasianismo. No final dessa polêmica, que ficou conhecida como Batalha do Parnaso, foi a ampla divulgação das ideias do Realismo e do Parnasianismo nos meios intelectuais e artísticos.

Olavo Bilac: o ouvires da linguagem

Olavo Bilac (1865-1918) nasceu no Rio de Janeiro, estudou Medicina e Direito, mas não concluiu nenhum desses cursos. Exerceu as atividades de jornalista e inspetor escolar. Patriota, escreveu a letra do Hino à Bandeira e dedicou se a temas de caráter histórico-nacionalista. Sua primeira obra publicada foi Poesias (1888). Nela o poeta demonstrava estar totalmente identificado com as propostas do Parnasianismo. Mas, vez ou outra Bilac depreende-se de seus textos certa valorização dos sentimentos que lembra o Romantismo.
Embora Bilac não tenha se prendido a uma visão profunda sobre o homem e sua condição, Bilac foi o mais jovem e bem-acabado poeta parnasiano brasileiro. Seus poemas, principalmente os sonetos, apresentavam uma perfeição elaborada formal.
Observe, nesse soneto, a capacidade técnica do poeta, ao descrever um entardecer na cidade de Vila Rica, hoje Ouro Preto.

Vila Rica
O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;
Sangram, em laivos de ouro, as minas, que ambição
Na torturada entranha abriu da terra nobre:
E cada cicatriz brilha como um brasão.

O ângelus plange ao longe em doloroso dobre,
O último ouro do sol morre na cerração.
E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,
O crepúsculo cai como uma extrema-unção.

Agora, para além do cerro, o céu parece
Feito de um ouro ancião que o tempo enegreceu...
A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,

Como uma procissão espectral que se move...
Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...
Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.


Além de várias figuras de linguagem, o poema é rico em sugestões sonoras, como o badalar do sino. Também a várias sugestões cromáticas relacionadas ao ouro (luz do sol e do ouro das minas) e ao negro (da noite, do passado e do próprio nome da cidade). Há também oposições presentes no texto, que reformam o contraste entre o passado e o presente. No “soluçar” do verso de Dirceu, a repetição do fonema /s/ na última estrofe ao mesmo tempo em que lembra um choro, sugere também os sofrimentos amorosos de Marília e Dirceu e dos confidentes mineiros. Trata-se de um poema que consegue unir técnicas de construção a um rico conteúdo histórico, qualidade que nem sempre foram alcançadas pelos parnasianos.
Entre as obras que Bilac escreveu, destacam-se: Via láctea, em que a objetividade parnasiana evolui para uma postura mais intimista e subjetivista; Sarças de Fogo, em que predominam a objetividade e o sensualismo; e O caçador de Esmeraldas, obra de preocupação histórica e nacionalista. O soneto que segue é um dos mais conhecidos poemas da obra Via Láctea, de
Olavo Bilac.


Soneto XIII De Via Láctea

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E vos direi, no entanto
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
e abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um palio aberto,
Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender as estrelas."

Raimundo Correia: a pesquisa da linguagem

Raimundo Correia (1860-1911) é um dos poetas que, juntamente com Olavo Bilac e Alberto de oliveira, formam a chamada “tríade parnasiana”. Maranhense estudou Direito em São Paulo e foi magistrado em vários Estados brasileiros.
Sua poesia representa um momento de descontração e de investigação. Nela se verificam pelo menos três fases:
. A fase romântica: é representada por Primeiros sonhos;
. A fase parnasiana: representada pelas obras Sinfonias e Versos e versões, é marcada pelo pessimismo de Schopenhauer e por reflexões de ordem moral e social;
. A fase pré-simbolista: Nela, o pessimismo busca refúgio na metafísica e na religião, diante a condição humana, enquanto a linguagem apresenta uma pesquisa em musicalidade e sinestesia.
Apesar de o Parnasianismo ter ganhado pouco destaque na Europa, aqui no Brasil foi diferente. Uma nova era começou na literatura brasileira, em vez de exageros emocionais e fantasiosos o Parnasianismo trazia um vocabular mais elevado, racionalista e bem-acabado. Apesar da disputa que aconteceu entre o Parnasianismo e o Romantismo alguns poetas parnasianos ainda exaltavam a valorização dos sentimentos, que lembra o Romantismo, um deles foi Olavo Bilac, um dos principais poetas do Parnasianismo.

Resumo referente às páginas 304 à 309 do livro-didático.

Escolas Literárias
Realismo-Naturalismo


Em 1857 surgira uma nova vertente no campo das artes,genericamente denominada Realismo,voltada para a análise da realidade social,em nítida oposição à arte romântica,de gosto burguês.Na literatura,mais especificamente na prosa,percebem-se duas tendências:o romance realista e o romance naturalista.

Limites entre o Realismo e Naturalismo
Algumas vezes são termos sinônimos;outras vezes ,aparecem como duas estéticas literárias muito próximas uma da outra.No entanto,existe uma fronteira entre uma coisa e outra:é possível perceber algumas diferenças entre a prosa Realista e a Naturalista,apesar do grande números de pontos em comum.
Alguns preferem ver o Naturalismo como uma espécie de prolongamento mais forte do Realismo.Sob tal ponto de vista,o Naturalismo seria um Realismo exagerado.Seria uma forma mais aprofundada de encarar o homem.Os naturalistas sempre estariam vendo o lado patológico do homem,o seu envolvimento com um destino que ele não consegue identificar;as situações de desequilíbrio muito fortes,etc.

O Realismo

É um movimento literário que surgiu na Europa,na segunda metade do século XIX,influenciado pelas transformações que ali se operavam no âmbito econômico,político,social e científico.
Os escritores Realistas diante de um grande quadro de mudanças de ideias e da sociedade,sentem a necessidade de criar uma literatura sintonizada com a nova realidade,,capaz de abordá-la de modo mais objetivo e realista do que até então vinha fazendo no Romantismo.
As descobertas exigiam dos escritores, por um lado , uma literatura de ação,comprometida com a crítica e a reforma da sociedade,e de outro,uma abordagem mais profunda e completa do ser humano.
Surge então o Realismo, que procura,na literatura,atender às necessidades impostas pelo novo contexto histórico-cultural.O mesmo combate a toda forma romântica e idealizada de ver a realidade;a crítica à sociedade burguesa e à falsidade de seus valores e instituições;o emprego de ideias científicas, etc.
Ao lado do Realismo,as correntes literárias denominadas Naturalismo e Parnasianismo,de pequena penetração em Portugal.A primeira que consiste na verdade em uma forma extremada de Realismo,procura "provar" com romances de tese as teorias científicas da época.
O Parnasianismo por sua vez, combate os exageros de sentimento e de imaginação do Romantismo e tenta resgatar certos princípios clássicos de procedimento,como a busca do equilíbrio.

O Realismo no Brasil

O Realismo brasileiro tem como marco a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas,de Machado de Assis,em 1881.
A passagem do Romantismo para o Realismo acompanha um período de muitas mudanças na história econômica,política,e social brasileira.
O Realismo vai encontrar o terreno adubado para florescer,depois de o país ter passado, ao longo de quarenta anos,por fatos importantes que foram alterando aos poucos sua feição atrasada e tacanha.
A literatura realista e naturalista brasileira passa a refletir essas ideias,no interior da realidade específica do nosso país,através da pena de Machado de Assis,Aluísio de Azevedo,Adolfo Caminha;Olavo Bilac brilha com a poesia parnasiana;Raul Pompéia ensaia sua prosa intimista.
Mudava a literatura porque mudava o país.Aumenta o número de estradas de ferro,incrementa-se o transporte urbano,surge a iluminação elétrica e o cinema.

O Naturalismo

Se o Realismo procura retratar o homem interagindo no seu meio social,o Naturalismo vai mais longe:pretende mostrar o homem como produto de um conjunto de forças "naturais",instintivas,que,em determinado meio,raça e momento,pode gerar comportamentos e situações específicas.
Nas obras de alguns escritores realistas podemos distinguir certas características que definem uma tendência chamada Naturalismo.
O Naturalismo enfatiza o aspecto materialista da existência humana.Para os escritores naturalistas,o homem era um simples produto biológico cujo comportamento resultava da pressão do ambiente social e da hereditariedade psicofisiológica.Nele predomina o elemento fisiológico,natural,instintivo:erotismo,agressividade e violência são os componentes básicos da personalidade humana,que,privada do seu arbítrio,vive à mercê de forças incontroláveis.
Para dar vida a toda essa teoria,os autores colocam-se como narradores oniscientes,impassíveis,podendo ver tudo por todos os ângulos.As descrições são precisas e minuciosas,frias e fidelíssimas aos aspectos exteriores.As personagens são vistas de fora pra dentro:não há aprofundamento psicológico;o que realmente interessa são as ações exteriores,e não os meandros da consciência à maneira de,por exemplo,Machado de Assis.

O Romance Naturalista

O Naturalismo foi cultivado no Brasil por Aluísio Azevedo,Júlio Ribeiro,Adolfo Caminha,Domingos Olímpio,Inglês de Sousa e Manuel de Oliveira Paiva.
A narrativa naturalista é marcada pela vigorosa análise social a partir de grupos humanos marginalizados,valorizando-se o coletivo.Essa preocupação com o coletivo já está explicitada no próprio título dos principais romances:O Cortiço,Casa de pensão,O Ateneu.
No Brasil,a prosa naturalista foi muito influenciada por Eça de Queirós,basicamente com as obras O crime do Padre Amaro e O primo Basílio.Em 1881 surge o romance considerado o marco inicial do Naturalismo brasileiro:O multo,de Aluísio de Azevedo.

Características do Realismo-Naturalismo

-Compromisso com a realidade
Tem compromisso com o seu momento presente e com a observação do mundo objetivo e exato.

-Presença do cotidiano
Os personagens de romances realistas-naturalistas estão muito próximos das pessoas comuns,com seus problemas do dia-a-dia,com suas vidas medianas,cujas atitudes devem ter sempre explicações lógicas ou científicas.

-Personagens Tipificados
Os personagens de romances realistas-naturalistas são retirados da vida diária e são sempre representativos de uma categoria - seja a um empregado,seja um patrão;seja um proprietário,seja um subalterno, e daí por diante.

-Preferência pelo presente
Geralmente os escritores deram preferência pelo presente.Com isso a crítica social ficaria mais próxima e mais concreta.

-Preferência pela narração
Ao contrário dos românticos,que privilegiaram a descrição,os realistas-naturalistas deram ênfase à narração do fato:o que acontece e por que acontece são as preocupações desses escritores.

-Anticlericais,antimonárquicos,antiburgueses
Os realistas-naturalistas são marcadamente contra a Igreja,que apontam como defensora de ideologias ultrapassadas, como, a monarquia.



O Momento Hirtórico e as características do período Realista foram muito semelhantes em quase toda Europa.Na França,país onde nasceu esse movimento,os principais outores foram Gustave Flaubert,Balzac e Emile Zola.Já na Inglaterra os destaques foram Willian Thackeray e George Eliot.A grande surpresa desse período ficou por conta do Realismo Russo,pois até então a Russia não ocupava um lugar de destaque no cenário literário,porém a situação foi totalmente invertida.

FRANÇA

Movimento plástico e literário,surgido em França em meados do século XIX,cuja influência se estendeu a numerosos países europeus.
Com frequência,retoma temas e gêneros que o Romantismo já havia promovido como tais(paisagem,retrato,etc).Por outro lado, o realismo prolonga a ruptura com o academismo,ao propor uma arte crua,despojada de artifícios,verista,pertimos de temas de contornos sociais.
Esta corrente,desenvolvendo uma escrita que privilegia a descrição minuciosa e desapaixonada das personagens e das situações.A França foi pioneira na constuição do realismo como escola literária,com escritores como Stenhal,Gustave Flaubert ,Honoré de Balsac e Emile Zola.O realismo concretizou-se de diferentes formas em outros países europeus,sendo um dos casos mais específicos o da Rússia,com Tolstoi e Dostoievski.Na sequência do realismo,desenvolveu-se a escola naturalista.

PORTUGAL

Em Portugal,a primeira afirmação do novo movimento artístico deu-se com a Questão Coimbrã,em 1865.Nas Conferências Democráticas(1871),Eça de Queirós,grande representante dos princípios do romance realista,defendia o realismo como a nova expressão artística,adequada à função de análise crítica que cabia à literatura.

REALISMO INGLÊS

Instalou-se no continente europeu entre 1850 e 1880 na França,Inglaterra e Alemanha.Seus adeptos rejeitavam a forma idealizada de ver o mundo ,principalmente o belo.
Os realistas tinham a urgência de representar a existência,as questões rotineiras e os hábitos das camadas média e baixa,as quais não pautavam seu cotidiano segundo padrões do mundo antigo.
Destacam-se os ingleses Charles Dickens,que atinge o auge de sua trajetória literária com Oliver Twist, e eThomas Hardy,autor de Judas , o obscuro.
O cenário por excelência do Realismo é a prosa.
O narrador fixava suas raízes no presente,privilegiando a vivência histórica das novas camadas sociais,neste momento em estágio de ascensão.
Assim, a narrativa não visa mais apenas entreter o leitor;ela tem um objetivo mais denso,qual seja o de tecer críticas a organizações como Igreja Católica e a classe burguesa.Sua temática passa por questões como os escravos,as discriminações raciais e o sexo ,sempre enfocadas por um discurso cristalino e incisivo.


Apostila recomendada na sala de aula .
Referências bibliográficas

Mais fontes


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Realismo em Portugal
O Realismo em Portugal representou uma tentativa de livrar o país da mentalidade romântico-cristã e levá-lo á modernidade por meio do contato com as novas ideias filosóficas e científicas que circulavam na Europa, tento como seu principal item a renovação na literatura quanto a temas, linguagem e visão do mundo.
O Realismo teve início em Portugal com a Questão Coimbra. Nessa época, haviam finalmente cessado as lutas entre os liberais e as facções que representavam a velha monarquia. Consolidado o liberalismo, Portugal conheceu apartir de 1850, um período de estabilidade política, de progresso material e de imtercânbio com o resto da Europa. O importante centro cultural e universitário Coimbra da época era que ligava a comunidade europeia por meio de estradas de ferro.
-A Questão Coimbra
Teve inicio quanto castilho, ao escrever um posfácio elogioso ao livro Poema da mocidade, de seu protegido Pinheiro Chagas, aproveitou para criar um grupo de poetas de Coimbra, a quem acusou de exibicionista e obscurantistas.
Antero desejava modernizar o país, colocando-o ao lado das nações europeias mais desenvolvidas.
A Questão Coimbra durou todo o segundo semestre de 1865, com publicações e ataques de ambos os lados.
-A Produção literária
Tanto na poesia quanto na prosa o Realismo português contou com um número considerável de escritores. A poesia alcançou grande prestígio na época e se desdobrou em quatro direções:
a poesia realista propriamente dita: é representada por Antero Quental, Guerra Junqueiro, Gomes Leal, Teófilo Braga , caracterizando a crítica social e o planejamento político.
a poesia do cotidiano: representada por Cesário Verde, que parcialmente ligado á poesia realista, enfocou certos aspectos até então considerados pouco poéticos, como a vida nos centros urbanos e nas áreas industriais.
a poesia metafísica: se volta para as indagações entorno da vida, a morte e Deus , é representada por Antero Quental.
a poesia parnasiana: sua preocupação central é resgatar a tradição clássica sendo representada por João da Penha.
A prosa de ficção seguiu a mesma orientação da poesia realista, porém dividindo-se entre o ataque á burguesia, á monarquia, ao clero, ás instituições sociais, aos falsos valores, e o compromisso com a doutrina moral, social e filosófica.
Antero de Quental
Foi o líder intelectual da geração que deu início ao Realismo em Portugal. Seus primeiros poemas publicados, revelam tendências místicas e os poemas publicados logo depois mostram a evolução para o racionalismo e radicalismo político.
A poesia de Antero é a síntese da trajetória biográfica do autor. Nela podem ser observados alguns núcleos centrais. Nos últimos anos de sua vida, ele voltou para a meditação religiosa e para reconciliação mística.
Antero de Quental é considerado, ao lado de Camões e de Bocage, um dos maiores sonetistas da literatura portuguesa.
Eça de Queirós
Para expressar adequadamente sua visão de mundo, Eça criou um estilo solto, livre e transparente, em uma linguagem expressiva.
È considerado o mais importante ficcionista do realismo português e um dos maiores em língua portuguesa.
Seus primeiros escritos , artigos e relatos breves, publicados na Gazeta de Portugal , foram reunidos postumamente sob o titulo de Prosas bárbaras.
Em 1875, publicou sua primeira obra importante, O crime do padre Amaro. A essa obra seguiu-se O primo Basílio, nessa mesma linha publicou os Maias.
Destacam-se ainda na produção de Eça de Queirós, A ilustre casa de Ramires, A capital, A relíquia , entre outros.
Guerra Junqueiro
Foi um dos mais combativos poetas do Realismo. Iniciando sua carreira com certa influência ultra-romântica, passou a uma fase de crítica social, lançando-se contra o clero em sua mais conhecida obra A velhice do Padre Eterno.
Em 1892, com Os Simples, deu ínicio a uma nova fase retratando pessoas simples da vida portuguesa. Nessa obra se sentem os reflexos da crise religiosa que o poeta vivia e da qual resultam sentimentos como fé, esperança e caridade.


Resumos referentes às páginas:259 à 269 do livro-didático